quinta-feira, 1 de setembro de 2016















_Cantigas_
Moirão de Sete Pés 
in duet
Paulo Camelo 
&
 Elischa Dewes



Quem chega do rio à beira
ao menor descuido cai.

O ninho, da cumeeira,
o vento levando vai!

Um lenço feito de seda
cai no fogo e a labareda
queima e logo ele se esvai.

No centro do picadeiro
o palhaço ri e chora.

Ando pelo mundo inteiro,
nada é como o aqui e agora.
O circo, o mundo, redondo,
a vida um chorar impondo,
uma ânsia me devora.


Maio de grandes amores
e de noites cor-de-rosa!

Eu irei aonde fores,
se me deres essa rosa
.
Essa rosa tão sigela?
oh, podes ficar com ela!
só não fiques todo prosa!


Quando eu faço uma pergunta,
você nunca me responde.

Vejo que você assunta
de modo errado, visconde.

Eu perguntei-lhe outro dia
se você não me queria.
Hoje sei: perdi o bonde.


Dizem que chorar faz bem,
mas não sou, do choro, afeito.
Porém mais do que ninguém,
ser chorão é meu defeito.

E agora, alegre vou eu
para os braços do Morfeu,
ronronar junto ao seu peito...


Elischa Dewes

&
Paulo Camelo

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